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” Cada qual tem seus encontros simbólicos ao longo da vida. Alguns são ilustres, por exemplo o que se deu no caminho de Damasco,  ou aquele outro em que alguém de repente se deparou com uma maçã que caía, e até aquele, fortuito, de uma máquina de costura com um guarda-chuva em cima de uma mesa de dissecação. Encontros assim, que projetam os Newton, os Lautréamont e os São Paulo à imortalidade, não acontecem com os pobres cronópios que tendem mais a encontrar a sopa fria ou ma centopeia na cama…”

(In “Um cronópio no México“, de Papéis Inesperados, Julio Cortázar,  Ed. Civilização Brasileira)