Quem escreve por aqui

Sou estrategista de conteúdo e localization trilingue. Trabalho com palavras há mais de duas décadas — mas foi só quando entrei para a Formação Freudiana em psicanálise que entendi o que realmente me movia: a linguagem como espelho e travessia. O Terapia da Palavra nasceu nesse percurso, quando percebi como ler e escrever as emoções humanas mais profundas pode nos transformar — não como catarse, mas como elaboração simbólica. Porque toda história que encontra forma, encontra também fôlego. E uma história escrita com verdade, com empatia, é uma historia mais interessante tanto para quem escreve, quanto para quem lê.

Maria Rachel Oliveira

Na Mídia

Matéria no jornal O Tempo

O Terapia da Palavra foi tema de uma reportagem especial no jornal O Tempo, de Belo Horizonte, sobre a potência dos diários na vida adulta.

A matéria destaca o projeto como um espaço onde escrever é gesto de cuidado, escuta e elaboração simbólica. Uma travessia íntima que transforma a experiência em narrativa.


Matéria no jornal O Tempo

Entrevista na Rádio MEC FM

O ritmo do Terapia da Palavra é outro: pausado, íntimo, atento. Por isso, também foi tema de entrevista na tradicional Rádio MEC FM, do Rio de Janeiro.

Logo da MEC FM

Manifesto Terapia da Palavra

O Terapia da Palavra nasceu para ser um espaço para quem quer escrever. Seja para publicar um livro, registrar memórias, explorar a poesia, aventurar-se na ficção ou simplesmente encontrar um jeito mais claro de expressar o que pulsa no peito. Aqui, celebramos o poder do storytelling: porque contar histórias é dar sentido ao caos da vida e iluminar as experiências mais íntimas.

Buscamos a expressão mais verdadeira de emoções — doces, afiadas ou contraditórias — enquanto construímos mundos inventados, damos vida a personagens ou revisitamos fragmentos pessoais. Ao traduzir lembranças e sensações em enredos, exercitamos nossa identidade: revisitamos o passado, repensamos escolhas e, às vezes, reescrevemos capítulos inteiros sob uma nova luz. Nosso propósito é destrinchar a interação humana em sua forma mais crua e profunda: as fissuras do afeto, os silêncios que urram, o riso preso e o medo escancarado. Afinal, no fundo, toda arte fala da alma.

Escrever é dar vida à imaginação sem perder o pé no concreto. Cada frase nasce da matéria-prima real: a ausência que cria tensão, o desamor que se faz prosa visceral, a alegria que irrompe em versos. É nesse ponto de encontro entre o que vivemos e o que sonhamos que nossas histórias aprendem a respirar com fôlego próprio.

Mas nenhuma criação existe sem leitores. “A primeira condição, sine qua non, para quem quer escrever, é ler. Não existem escritores sem leitores.” Por isso, em nossos encontros assíncronos — via blog — todos comentam os textos de todos, compartilhando impressões e sugestões a partir de um olhar de leitor atento. Meu olhar, forjado em jornalismo e literatura e temperado por um viés psicanalítico, vasculha o não-dito e as entrelinhas, revelando camadas ocultas que tornam cada texto ainda mais poderoso e impactante.

No Terapia da Palavra, não apenas produzimos histórias: construímos pontes de empatia, ensaiamos futuros possíveis e fortalecemos nossa resiliência. Pegue a caneta, abra o arquivo ou sussurre um verso. Deixe o instante virar página. Aqui, escrever é sempre um ato de coragem, descoberta e transformação — porque, ao contar e ao ler histórias, reinventamos a vida.Ilustração de mulher com palavras como criatividade, memória e escrita saindo da cabeça. Imagem do Terapia da Palavra.

 

 

Só fui três vezes à Paris, mas amo aquele lugar como se tivesse nascido lá. Grampeio pacotes de biscoito. Tenho nariz torto, desvio de septo, sinusite. Uma vez, aos 15 anos, quando ainda tinha orelhas de abano, colei com Super Bonder e uma delas soltou no meio de uma festa (pois é). Amo castanhas de Natal quentinhas, vinho tinto, suco de tomate temperado, fondue, carpaccio, queijo brie com ou sem geléia de damasco, bolo quente com manteiga e waffle com mel. Libriana típica, não consigo escolher com certeza absoluta nem sabor de Donut. Tento fazer alguma literatura, mas sou melhor em ensinar do que em aprender. Clarice Lispector é a única pessoa que eu gostaria de ter sido além de mim. Sou nostálgica de nascença. Já quase fui pianista, mas estou muito enferrujada. Detesto ficar com as unhas por fazer. Sou futuróloga, taróloga e astróloga auto-didata. Já operei de apendicite. Ronco. Coca-cola addicted. Adoro iluminação indireta e Klimt. Já tricotei – mal – um cachecol. Amo mandalas e vitrais de igrejas. Detesto bicho voando perto de mim. Nasci em 1972. Morei no interior dos Estados Unidos e falo inglês com sotaque de caipira. Adoro bebês gordinhos e fofinhos e adoro mais ainda seus pezinhos rechonchudos.

Sou Maria, neta de Maria, filha de Maria e mãe de Maria. Prefiro os barulhos da noite. Queria ter vivido nos anos 20 pra usar camélias nos cabelos. Ainda aprendo uns passinhos de tango nessa vida. Babo por art nouveau. Gosto de azul, de rosa e dos lilases que ficam no meio do caminho. Amo cheiros de lavanda e de alfazema e velhinhos fofinhos e velhinhas de chapéu. Nunca gostei de dormir cedo, e de acordar menos ainda. Perguntas sem resposta me incomodam e eu escrevo para tentar me entender e entender esse mundo que nos cerca (e do qual eu frequentemente duvido fazer parte). Banho de banheira com espuma, sais, à luz de velas e sem hora de vez em quando é coisa fundamental para minha sobrevivência. Gosto de cantar dirigindo. Amo fotografia. Sou desorganizada e cacarequeira; adoro bobagens de papelaria e papel velho. Sou tarada por sapatos e já me apelidaram de Imelda Marcos. Só gosto de chuva que faz barulho. Arco-íris me perseguem e acontecem em quase todos os meus aniversários.

Sou uma jornalista formada pela Uerj em 1994 que sempre adorou procurar sarna pra se coçar. Fiz a primeira pós-graduação em Marketing (ESPM 1996), a segunda em Literatura Brasileira (Unesa 1999) – quando já achava que o jornalismo não me fazia escrever nem ler o suficiente. Depois, ousei ainda tentar entender os mistérios da cabeça de toda gente e fui me formar psicanalista pela Formação Freudiana. O Terapia da Palavra nasceu em meados de 2004, uma espécie de híbrido das leituras de Freud e do livro “A Louca da Casa”, da espanhola Rosa Montero. Um dia, debruçada sobre os escritos catárticos de Fernando Pessoa e Clarice Lispector, entre outros, resolvi me aprofundar ainda mais no tema da escrita como forma de cura; sempre através da promoção do autoconhecimento e da expressão da criatividade. Em 2013 cursei, na UFRJ, uma especialização em Escrita Potencial (Oulipo). Em 2018 tive a oportunidade de me especializar ainda mais, desta vez em Escrita Criativa mesmo, pelo Instituto Camões de Língua Portuguesa – através do mestre Luís Carmelo.

No Terapia da Palavra já são pra lá de 20 anos de história e mais de 50 turmas formadas. Alguns projetos, diferentes parcerias de trabalho, alunos publicados, e, oba!, muitos amigos.

Maria Rachel Oliveira

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