Por todas as cidades é frequente encontrar uma ou outra placa toponímica homenageando escritores portugueses, uns porque aí nasceram, outros porque aí habitaram. Mas nunca o homenageado foi o próprio livro. E isso encontra-se em Pombal, ao longo de vinte e seis ruas, numa pequena biblioteca com vinte e seis livros. Imagine, caro leitor, o que é dizer aos seus amigos, quando lhes indica a sua morada, que vive na Rua das Gaivotas em Terra, referência ao primeiro romance de David Mourão-Ferreira, ou então no Beco d’Os Gatos, obra de Fialho de Almeida. Certamente ficarão estupefactos e lhe perguntarão, desconfiados, se é mesmo verdade. Pode acreditar. Mas ainda há mais. Por exemplo, a Rua d’A Musa em Férias, de Guerra Junqueiro, a Rua d’Os Adoradores do Sol, de Fernando Namora ou a Rua do Pranto de Maria Parda, de Gil Vicente. Uma verdadeira biblioteca de obras portuguesas se acha pelas ruas da cidade de Pombal, no centro do país.
(da revista Ler, portuguesa, excelente publicação sobre literatura. Para conferir o post completo, clique aqui.)
Seria bacana se essa moda pegasse por aqui, não é mesmo? A gente adoraria comprar pão numa padaria que ficasse na esquina das ruas Reinações de Narizinho com Morangos Mofados.
Aqui pelo Rio de Janeiro, uma das ruas com um dos nomes mais bonitos é a Travessa dos Poetas de Calçada, que fica logo ali ao lado do Theatro Municipal.