Editor da Companhia das Letras, LUIZ SCHWARCZ nasceu em São Paulo, em 1956. Começou sua carreira de editor na editora Brasiliense para depois fundar a Companhia das Letras em 1986. Antes de “O Ar que me Falta”, escreveu os livros infantis Minha vida de goleiro (1999) e Em busca do Thesouro da Juventude (2003), e as coletâneas de contos Discurso sobre o capim (2005) e Linguagem de sinais (2010). Este livro, recém-lançado, trata com franqueza sobre memória, família, culpa e depressão.

Luiz narra, de forma pra lá de sincera, a história de uma família que abandona tudo para fugir ao terror nazista: o pai, húngaro, conseguiu escapar, sozinho, de um trem a caminho do campo de extermínio de Bergen-Belsen, deixando Láios, avô do autor, no vagão que acabou por levá-lo à morte. Sua mãe, croata, teve de decorar aos três anos um novo nome, falso, para embarcar com a família num périplo que os levou primeiro à Itália e depois ao outro lado do Atlântico. Seu pai e sua mãe, André e Mirta, se encontraram no Brasil, com as lembranças dolorosas do passado trágico a pesarem sobre a nova vida.

Na live de lançamento Luiz se aprofundou nos aspectos da depressão e no teor terapêutico da escrita, de uma forma bonita e sensível. A live contou com a condução de uma espécie de entrevista pelo também autor Dr. Drauzio Varella, e é sensacional. O espírito do “Terapia da Palavra” pra lá de bem descrito.

Assista aqui:


(Não vejo a hora de receber meu exemplar, autografado, claro, que comprei aqui. O livro tem direito até a uma playlist, criada pelo autor, que pode ser acessada através deste post, no blog da Companhia.)

https://www.terapiadapalavra.com.br/entrevista-affonso-romano-literatura-escrita-transformacao/

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