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Quem deve fazer uma oficina de escrita criativa?

Todo mundo que gosta escrever e quer aprender a escrever melhor.

 

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Como escolher uma oficina de escrita criativa?

Há alguns pontos que eu considero importantes e acho que vocês deveriam levar em consideração na hora de escolher. O mercado tem algumas propostas boas e muitas, muitas ruins. No meu entender, a boa “oficina” ou “curso” de escrita criativa é aquele que promove a escrita e que dá feedback. Claro que a teoria é importante, mas pagar 300, ou 500, ou 1000 reais por um conteúdo que você pode encontrar de graça no Youtube não faz muito sentido. Uma boa proposta vai ter, além de alguma teoria, um profissional (orientador, professor) pra te ler, mesmo que o objetivo não seja a censura, mas o apontar de um caminho.

Se você não tiver um feedback sobre seus pontos fortes e fracos, como é que você vai ter uma pista de qual direção tomar?

Outra coisa: evite oficinas que trabalham com grupos maiores que 20 pessoas. É humanamente impossível desenvolver um trabalho decente de acompanhamento em grandes grupos.

O quanto se pode aprender nas oficinas de escrita?

Você já ouviu dizer que “o hábito faz o monge”, né? Pois; a primeira coisa que uma oficina de escrita vai te ensinar é: só se aprende a escrever escrevendo. Numa oficina, você vai trabalhar com prazos, vai sentar para escrever mesmo sem estar especialmente inspirado naquele dia ou naquela semana. Então, a primeira lição que ela vai te dar é: a inspiração ajuda muito mais àqueles que estão com os dedos no teclado.

Além disso, a experiência de escrever com um grupo é empoderadora e enriquecedora. Primeiro porque vai romper a sua primeira barreira de censura, você vai praticar tendo leitores – que tem o mesmo objetivo que você, logo não há motivo para sentir “vergonha” em expor suas ideias. Você ganha confiança.

Em segundo lugar, participar de um grupo como esse, em especial um que trabalhe o mesmo tema para todos os participantes por produção, vai te abrir os olhos para as muitas possibilidades de uma única provocação. Sua criatividade e imaginação vão ser constantemente exercitadas, e, saindo da inércia, a tendência é que funcionem cada vez melhor. (Especialmente se seus dedos estiverem posicionados no teclado, em frente a uma tela em branco. Ou com um bloco e uma caneta à mão.)

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Eu quero uma fórmula para escrever um livro de sucesso, posso fazer o curso?

Pode, mas não vai adiantar absolutamente nada. Sabe por quê? A HISTÓRIA TEM QUE SER MAIS IMPORTANTE QUE A IDEIA DO LIVRO. Acreditamos no livro mais como uma consequência de uma boa história (ou para um punhado delas) do que como um fim em si mesmo. Não ensinamos a escrever livros, ensinamos a escrever histórias. E, em alguns casos, ajudamos boas histórias a se tornarem livros.

Uma oficina de algum autor já consagrado é a melhor opção?

Não. Mais do que um autor, de quem você precisa numa oficina, desempenhando esse papel de orientador, moderador, é de um bom leitor. Alguém atento aos detalhes e que seja crítico por natureza. Sou capaz de apostar que tanto há autores consagrados ótimos nisso quanto péssimos. As qualidades não vem juntas, necessariamente. Você pode ser um bom leitor e introjetar bem o que aprendeu e, no entanto, não ter capacidade em transmitir bem o seu conhecimento. Minha dica é: procure saber a opinião de algum ex-participante do curso ou oficina no qual você pretende se inscrever. Se isso não for possível, arrisque.

 

Maria Rachel Oliveira
orientadora na oficina de escrita do Terapia da Palavra desde 2004